sexta-feira, 12 de julho de 2013
Escolhas de uma vida!
A certa altura do filme Crimes e Pecados, o personagem interpretado por Woody Allen diz: "Nós somos a soma das nossas decisões".
Essa frase acomodou-se na minha massa cinzenta e de lá nunca mais saiu. Compartilho do ceticismo de Allen: a gente é o que a gente escolhe ser, o destino pouco tem a ver com isso.
Desde pequenos aprendemos que, ao fazer uma opção,estamos descartando outra, e de opção em opção vamos tecendo essa teia que se convencionou chamar "minha vida".
Não é tarefa fácil. No momento em que se escolhe ser médico, se está abrindo mão de ser piloto de avião. Ao optar pela vida de atriz, será quase impossível conciliar com a arquitetura. No amor, a mesma coisa: namora-se um, outro, e mais outro, num excitante vaivém de romances. Até que chega um momento em que é preciso decidir entre passar o resto da vida sem compromisso formal com alguém, apenas vivenciando amores e deixando-os ir embora quando se findam, ou casar, e através do casamento fundar uma microempresa, com direito a casa própria, orçamento doméstico e responsabilidades.
As duas opções têm seus prós e contras: viver sem laços e viver com laços...
Escolha: beber até cair ou virar vegetariano e budista? Todas as alternativas são válidas, mas há um preço a pagar por elas.
Quem dera pudéssemos ser uma pessoa diferente a cada 6 meses, ser casados de segunda a sexta e solteiros nos finais de semana, ter filhos quando se está bem-disposto e não tê-los quando se está cansado. Por isso é tão importante o auto conhecimento. Por isso é necessário ler muito, ouvir os outros, estagiar em várias tribos, prestar atenção ao que acontece em volta e não cultivar preconceitos. Nossas escolhas não podem ser apenas intuitivas, elas têm que refletir o que a gente é. Lógico que se deve reavaliar decisões e trocar de caminho: Ninguém é o mesmo para sempre.
Mas que essas mudanças de rota venham para acrescentar, e não para anular a vivência do caminho anteriormente percorrido. A estrada é longa e o tempo é curto.Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as conseqüências destas ações.
Lembrem-se: suas escolhas têm 50% de chance de darem certo, mas também 50% de chance de darem errado. A escolha é sua...!"
(Martha Medeiros)
sábado, 25 de maio de 2013
CORPO E MENTE!
Que o casal seja um para o outro de corpo e de mente!
Que o que começou lindo continue lindo,mas se os corpos sofrerem mudança, seja pela gravidez,seja por um acidente de percurso, que os dois se queiram do mesmo jeito.Não se é perfeito e bonito para sempre.Os corpos mudam!A alma, se mudar, é para ficar mais madura para a eternidade.
De corpo e de mente!Apaixonados pelas formas, pela cor e pela estética de seus corpos,mas sobretudo pela estética de sua mente.Que ele goste do que ela mostra por dentro e por fora.Que ela goste do que ele tem por fora e por dentro como pêras e maçãs,ou como o mais gostoso fruto da terra.Que sejam gostosos de ver e mais ainda de provar.Que se queiram com a volúpia do Cântico dos Cânticose com a espiritualidade dos grandes contemplativos.Que ele a contemple todas as manhãs enquanto ela dorme.Que ela o contemple silenciosa enquanto ele descansa.Que louvem a Deus pelo dom desse amor,que os faz cada dia mais homem e mais mulher.Que seja erótico nas horas boas e cheio de renúncia nas horas exigentes.
De corpo e de mente,porque sem corpo não há matrimônio,mas sem alma nem amor existiria.Que se desejem, porque foi Deus quem fez o desejomas que se entreguem agradecidos, porque foi Deus quem criou o amor.
De corpo e de mente,enquanto ambos tiverem o que dar, porque carne da carne,e sangue do sangue, nascidos um para o outro.Ish e isha, homem e mulher, macho e fêmea os crioue que não se discuta nunca sobre quem é primeiro.
Os dois, cada qual na hora certa.Depois que tiverem aprendido a ser um só, com classe e com ternura!
sexta-feira, 24 de maio de 2013
Precioso!
Sinto saudades do dia que nunca nos encontramos.
Sim, daquele em que não nos vimos pela primeira vez.
Desse em que nunca te tive.
Daquele em que não falaste o que eu queria ouvir...
Da nossa primeira noite que jamais houve,
Quando deixamos de conhecer-nos biblicamente até o desmaio.
Tenho sede da noite em que nem começamos a beber-nos.
Sinto fome dos momentos em que não estávamos um no outro,
devorando-nos gota a gota.
Poderia desenhar, nos mínimos detalhes, tudo que não aconteceu.
O amor que não explodiu;
O desejo que não cristalizou;
Todo esse nada que não vivemos tão intensamente separados...
É uma saudade tão grande...
Uma saudade como se nunca tivesse acontecido;
Como este afago que não te mando e que, ainda assim,
nunca receberás!!!
(autor desconhecido)
sexta-feira, 10 de maio de 2013
Toda Mulher! ...
Toda mulher é doida.
Impossível não ser.
A gente nasce com um dispositivo interno que nos informa desde cedo que, sem amor, a vida não vale a pena ser vivida, e dá-lhe usar o nosso poder de sedução para encontrar the big one, aquele que será inteligente, másculo, se importará com nossos sentimentos e não nos deixará na mão jamais.
Uma tarefa que dá prá ocupar uma vida, não é mesmo?
Mas além disso, temos que ser independentes, bonitas, ter filhos e fingir de vez em quando que somos santas, ajuizadas, responsáveis, e que nunca, mas nunca, pensaremos em jogar tudo pro alto e embarcar num navio pirata comandado pelo Johnny Depp, ou então virar loura e cafetina, ou sei lá, diga aí uma fantasia secreta, sua imaginação deve ser melhor que a minha.
Eu só conheço mulher louca.
Pense em qualquer uma que você conhece e me diga se ela não tem ao menos três dessas qualificações: exagerada, dramática, verborrágica, maníaca, fantasiosa, apaixonada, delirante.
Pois então. Também é louca. E fascina a todos.
Nossa insanidade tem nome: chama-se Vontade de Viver até a Última Gota.
Só as cansadas é que se recusam a levantar da cadeira para ver quem está chamando lá fora.
E santa, fica combinado, não existe. Uma mulher que só reze, que tenha desistido dos prazeres da inquietude, que não deseje mais nada?
Você vai concordar comigo: só se for louca de pedra.
Martha Medeiros
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